Mercado de proximidade: Por quê? Simplesmente faz sentido…

Por Guilherme Mauri

Nos últimos anos, temos observado uma tendência crescente entre grandes redes de varejo: a adoção de lojas menores localizadas em centros urbanos. Essa mudança estratégica busca aproximar as marcas de seus consumidores e oferece uma série de benefícios tanto para os varejistas quanto para os clientes.

Um dos principais motivos para essa mudança é a proximidade com os clientes. Com menos necessidade de se deslocar para grandes centros comerciais ou lojas fora da cidade, os clientes podem fazer suas compras de forma mais conveniente e rápida. Essa proximidade é particularmente valiosa em tempos em que a conveniência se tornou um fator decisivo para muitos consumidores.

Outro benefício é a redução de custos. Lojas menores demandam menos espaço, resultando em aluguéis mais baixos. Além disso, requerem menos funcionários para operar, o que diminui significativamente os gastos com pessoal. Essa configuração mais enxuta permite que as empresas operem de forma mais eficiente e direcionem seus recursos para outras áreas estratégicas.

E não menis importante, muito pelo contrário aliás, vem a possibilidade de oferecer um mix de produtos mais personalizado para cada região. Lojas menores permitem que os varejistas ajustem seu estoque para atender melhor as necessidades e preferências locais. Em vez de uma oferta vasta e, muitas vezes, avassaladora, os consumidores encontram uma seleção curada de produtos que realmente fazem sentido para eles. Esse foco na proximidade e na personalização ajuda a melhorar a experiência de compra e aumenta a satisfação do cliente.

Exemplos de grandes marcas que estão adotando essa estratégia não faltam. A Decathlon, por exemplo, conhecida por suas megastores de artigos esportivos, tem investido em lojas menores em áreas urbanas na Europa, oferecendo uma seleção específica de produtos mais adequados à clientela local. A Leroy Merlin, gigante do setor de materiais de construção e bricolagem, também tem seguido essa tendência, abrindo lojas menores que facilitam o acesso dos consumidores urbanos a itens essenciais.

No setor de supermercados, vemos a mesma tendência. Redes como Carrefour e Tesco têm investido em formatos menores, conhecidos como “express” ou “market”, que se concentram em oferecer produtos de conveniência e itens essenciais, atendendo a demanda de consumidores urbanos por praticidade e rapidez.

Essa mudança de estratégia valida a importância do mercado de proximidade e confirma que menos pode ser mais. Ao focar em uma seleção específica de produtos e reduzir custos operacionais, os varejistas conseguem oferecer um melhor serviço aos seus clientes e manter a lucratividade. Além disso, essa abordagem permite que as marcas se adaptem rapidamente às mudanças nas preferências dos consumidores e no ambiente de mercado.